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FÁBRICA DE RAÇÃO PORTEIRA ADENTRO ESTUDO DE CASO

1. O que é uma fábrica de ração?
 

Uma fábrica de ração é uma instalação edificada com o objetivo de recepcionar, armazenar e processar ingredientes usados na nutrição animal. Além da estrutura física em si, que pode ser feita de diversos materiais, mais comumente de alvenaria, a fábrica abriga máquinas e equipamentos estáticos para realizar as etapas descritas acima. Dentre os equipamentos, os mais usados são roscas transportadoras, elevadores canecas, moinhos de grãos, silos de armazenamento, caçambas de pesagem e misturadores.


2. Por que investir porteira a dentro?


Em projetos de recria-engorda os custos com nutrição podem chegar a representar ais de 33% dos custos totais da fazenda. Hoje em dia, esse tipo de projeto engloba uma suplementação robusta na recria, com o uso de proteinados e proteicos-energéticos na maioria dos casos. Além disso, a terminação sempre envolve o uso de rações energéticos seja em confinamento ou a pasto no sistema de semi-confinamento ou TIP (terminação intensiva a pasto). Dada essa alta dependência de suplementos e rações na pecuária atual, a fábrica de ração quando bem dimensionada abre um leque de opções interessantes ao pecuarista, das quais podemos destacar:


- Aproveitar momentos do mercado onde os insumos estão mais baratos;
- Flexibilidade na escolha dos insumos;
- Flexibilidade no desenvolvimento de suplementos;
- Redução dos custos com nutrição.


3. Estudo de caso – premissas gerais


Em qualquer negócio a análise de custo e viabilidade de implantação de um projeto deve sempre ser levada em conta, e na pecuária não é diferente. Esse estudo de caso foi feito com os dados de implantação de uma fábrica de ração em um projeto da BCA de recria-engorda intensiva no interior do estado de São Paulo. O projeto envolve um ciclo de compra anual de aproximadamente 4.000 cabeças, sendo 3.000 bezerros desmamados no início do período seco e 1.000 garrotes no início das águas. Durante o período seco, os bezerros são suplementados com sal- roteinado na proporção de 1 a 1,5g/kg de PV (peso vivo). No início das águas, todo o rebanho recebe proteico-energético na dose de 3g/kg de PV até a entrada no confinamento no início da seca seguinte. Dessa forma, o quadro a seguir resume o uso da fábrica de ração dentro do projeto:
4. Estudo de caso – investimento e custos de fábrica


O investimento contempla o valor gasto com estrutura física, máquinas e equipamentos dentro do projeto, conforme Tabela a seguir:
Os custos operacionais considerados na produção foram:

- Depreciação: Horizonte de 10 anos com um valor residual de 50% da estrutura física, 20% para misturador e silos de armazenamento e 30% para os demais itens.

- Manutenção: Média de 7% ao ano em relação ao valor do investimento inicial.

- Energia elétrica: Número de horas trabalhadas ao ano com cada equipamento e seus respectivos consumo de energia elétrica. Tarifa da energia elétrica rural (B2)

- Mão-de-obra: Salários e encargos de um coordenador de produção e um operador de fábrica em 80% do tempo útil.
Nesse cenário, os custos operacionais incidentes sobre a produção estão inclusos no quadro a seguir:
O custo de produção médio foi obtido dividindo a soma dos itens de custos pela quantidade produzida por ano. Obviamente que nem todo produto elaborado na fábrica de ração terá esse custo, mas essa é uma média geral que nos serve para uma análise econômica do contexto como um todo.


5. Estudo de caso – economia anual e parâmetros econômicos


Com as premissas mencionadas acima, se compararmos o custo de insumos + operacional com a compra de produtos prontos com formulação similar da indústria de nutrição animal, temos um cenário de economia anual similar ao abaixo:
Para a moagem do milho no estado de SP o valor normalmente cobrado por terceiros varia de R$ 0,10 a 0,15/kg. Embora não esteja sendo considerado nessa análise, ter uma estrutura para armazenamento do grão geralmente possibilita ao pecuarista a sua compra em períodos mais oportunos e com menor valor de mercado do que a compra do grão processado em baixas quantidades.

Nesse cenário, o payback (tempo para repagamento do investimento) é de aproximadamente 1 ano e 4 meses. Outro parâmetro que deve ser analisado numa análise econômica é o VPL (valor presente líquido). Ele traz ao presente os valores de fluxos de caixa atrelados a uma taxa de desconto (ou atratividade) e serve como uma análise de custo de oportunidade. Num horizonte de 10 anos e uma taxa de desconto de 6% a.a, o investimento na fábrica de ração entrega um VPL de R$ 4.9 milhões

6. Quando e como investir

Nesse estudo ficou evidente a economia que a fábrica de ração trouxe ao projeto. Mas vale lembrar que cada propriedade deve ser analisada de modo particular antes de optar por produzir raçoes e suplementos porteira adentro. Nessa análise, deve-se considerar fatores como, plano nutricional, número de bovinos, logística para internalização de insumos, recursos humanos, assistência técnica entre outros. Antes de qualquer decisão faça as seguintes perguntas:

1) Quais os tipos de produtos que eu uso hoje e qual a demanda anual?
2) Essa demanda deve mudar significativamente a curto/médio prazo?
3) Tenho equipe apropriada para realizar e gerenciar essa operação?
4) Tenho empresas técnicas parceiras que podem me auxiliar nesse processo?
A resposta para essas perguntas define se este é o momento apropriado para iniciar a produção de suplementos e ração e o nível de complexidade envolvido no processo. O nível de complexidade é o que define os insumos que serão usados e consequentemente quais equipamentos são necessários.

Se você se interessou e deseja adentrar no assunto, nós da BCA desenvolvemos projetos e assessoramos fábricas de pequena a larga escala e estamos aptos a te trazer as melhores soluções.
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