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Você avalia o tamanho de partículas do seu milho?

PORQUE PROCESSAR O MILHO EM DIETAS DE CONFINAMENTO?

A principal fonte de energia em bovinos terminados em confinamento é oriunda dos grãos de cereais, e um dos mais utilizados é o milho (Owens, 2012).O milho possui em sua composição algo próximo a 70% de amido, e diversos fatores podem fazer com que esse amido seja mais ou menos digestível. Podemos citar como exemplo: a vitreosidade do grão, proporção de amilopectina e de amilose em sua composição e a presença de matriz proteica que o envolve. (McAllister, 2012)
No Brasil se produz milho do tipo “duro” ou “flint”, que possui uma alta vitreosidade, e isso faz com que a digestibilidade do amido seja prejudicada.
Existem diversas formas de processamento do grão de milho, como, por exemplo: floculação, silagem de grão úmido, moagem e laminação. No Brasil, a moagem é o método mais utilizado e, apesar de serem escassos os estudos sobre o impacto de diferentes granulometrias de milho moído no desempenho dos animais, sabemos que partículas menores, tornam o amido mais digestível.
PORQUE E COMO AVALIAR O TAMANHO DE PARTÍCULAS?

Quando se fornece o milho na forma moída, o tamanho de partículas desse material pode interferir diretamente na digestibilidade do amido, ingestão de matéria seca e também na saúde animal. Uma vez que, partículas mais grosseiras, dificultam o acesso do amido às bactérias ruminais, partículas mais finas aceleram a sua degradação no rúmen, aumentando os riscos de distúrbios metabólicos.
Para realizar a avaliação dentro da propriedade será necessário um jogo de peneiras com malhas de 4,35mm; 3mm; 2mm e 1mm. O procedimento se baseia em:

1.      Coletar uma amostra de milho de no mínimo 300 gramas.

2.      Distribuir a amostra sob a peneira superior (4,35mm).

3.      Agitar manualmente, de forma vigorosa por pelo menos 30s.

4.      Coletar, separar e pesar o milho retido nas diferentes peneiras.
Com intenção de calcular precisamente o diâmetro médio das partículas adotamos tais valores de diâmetro e utilizamos a seguinte fórmula:
É de grande importância ressaltar que além do diâmetro médio das partículas, devemos nos atentar com a distribuição do milho nas peneiras, ou seja, não é desejado que ocorra excesso do material nos extremos.

RECOMENDAÇÕES

Considerando a menor digestibilidade do milho produzido no Brasil (Flint ou duro), e o aumento significativo no valor dos grãos nos últimos anos, a aplicação de técnicas que tenham como objetivo aumentar a digestibilidade do amido faz todo sentido. Se tratando de grão moído, a avaliação granulométrica desse material é fundamental para tomadas de decisões assertivas dentro do sistema de produção, tendo em vista o impacto que o tamanho de partículas pode causar.
Apesar de existirem poucos trabalhos na literatura comparando o grau de moagem de milho com desempenho e saúde ruminal, é recomendado adotar um diâmetro médio de partículas em torno de 1.2 - 1.3mm. Valores maiores que esses, implicam em menor digestibilidade do amido e um desempenho animal provavelmente menor. Por outro lado, valores inferiores apresentam um maior potencial de ocorrência de distúrbios metabólicos, exigindo ajustes finos na dieta e excelência no manejo de cocho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARARETO, R. 2011. Fontes de nitrogênio, níveis de forragem e métodos de processamento de milho em rações para tourinhos da raça Nelore terminados em confinamento. Tese apresentada para obtenção do título de doutor em Ciências. Escola superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, 106 p. 2011.

McALLISTER, T.A,; RIBEIRO, G.; Starch type, microbial and enzyme attack and effects on site and extent of digestion. In: 7o Simpósio sobre Bovinocultura de Corte, 2012. São Pedro. Anais…  Piracicaba: FEALQ , 2012, No prelo

OWENS, F.N.; BASALAN, M.; Gain and efficiency responses to various grain processing methods. In: 7o Simpósio sobre Bovinocultura de Corte, 2012. São Pedro. Anais…  Piracicaba: FEALQ, 2012, No prelo
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